Se já bebeu cerveja Super Bock numa caneca de alumínio, é muito provável que tenha sido feita pela Alumínios Brandão. A fábrica, gerida pelos filhos do fundador, patenteou o produto que deixa a bebida sempre fresca.
Começou em 1978 por Albertino de Jesus Brandão e ainda hoje mantém muito procedimentos daquela época. Os tornos que usam para dar forma às canecas e todo tipo de louça doméstica, de uso pessoal, restauração e hotelaria, são modernos mas retratam a força física feita pelos repuxadores. É esse cuidado e know-how que fazem com que as peças sejam feitas com qualidade e fiabilidade, algo, aliás, que caracteriza a fábrica.
“As canecas são aquele produto que as pessoas querem. Trabalhamos com a Super Bock e estão presentes nos restaurantes, marisqueiras, em qualquer lado”, resumiu Cecília Carneiro, diretora operacional (COO) da Alumínios Brandão. Um dos exemplos mais bem conseguidos é aquele que pode ser encontrado em Sintra, O Cantinho Lord Byron: o cliente, além de servir as bebidas nas canecas, também comercializa, como souvenir, canecas personalizadas com a sua imagem.
Por canecas entendemos aquelas de formato normal, com uma asa, que aqui são fabricadas com parede dupla de alumínio, com um gel especial e exclusivo no interior, que tem a particularidade de derreter mais lentamente que o gelo comum (que mereceu uma patente), mas não é só.
“Um pub em Vilamoura queria uma lata de conserva para servir um cocktail e desenvolvemos isso”, frisou Artur Brandão, CEO da empresa. “No último Europeu trabalhamos com a Federação Portuguesa de Futebol e Espanhola, e esperemos continuar. Trabalhamos muito com bares e restaurantes, para personalização de produtos que eles precisam e não sabem muito bem como fabricar, nós damos as soluções, ou produtos que tenhamos e eles gostam e querem personalizar. Temos um medidor de gin diferente, era algo que um bar no Algarve queria e nós produzimos”, lembrou, por sua vez, Cecília.
Qualquer que seja a ideia do cliente, a Alumínios Brandão tenta concretizar. São mestres no alumínio, mas também já se aventuraram, “com calma e paciência”, no aço inoxidável e até no cobre.
“Isto é uma fábrica, acima de tudo. Temos capacidade para resolver problemas e gostamos que nos coloquem problemas”, frisou Cecília. Normalmente, os problemas que têm surgido são na parte da confeção. “A Doçaria Cruz de Pedra, em Braga, queria personalizar a forma para o pudim abade de priscos, para a corrida para as 7 Maravilhas doces de Portugal, e colocamos uns pernos como eles queriam. Também trabalhamos muito com feiras medievais”.
Nesta fábrica, localizada em Pindelo, Oliveira de Azeméis, é tudo feito à medida e acompanha-se sempre as tendências e necessidades do mercado. “O Mercado Caramelo, em Pinhal Novo, cresce de ano para ano. Fizemos um investimento nas ferramentas. Na primeira encomenda começamos com 2500 peças. Na segunda já foram 5 mil. No ano passado foram 10 mil e em 2019 precisaram de 12.500”, exemplificou o diretor executivo, Artur Brandão, que, a par dos irmãos, gere a empresa.
“Estamos também a tentar arranjar uma solução para um cliente que quer uma forma para um pão de ló molhado e a fábrica que a poderia fabricar, fechou”, continuou.
O selo da garantia Alumínios Brandão está presente em vários eventos em Portugal, como a Festa do Avante e as Universidades de Verão. “É um serviço personalizado, focado no cliente, que não fica nada barato”, acrescentou, sem pudores, o CEO. A qualidade paga-se e isso refletiu-se nos anos de crise. Hoje são 22 funcionários mas em 2011/12 eram 12. “Todos nós passamos dificuldades financeiras e em produção. Tivemos uma situação extremamente complicada nessa fase e conseguimos ultrapassá-la. Como? Na questão da qualidade. Foram os clientes que vieram à nossa procura”, afirmou o responsável.
Além de apostarem sempre na qualidade e segurança do produto, “tudo o que pôde ser robotizado, foi”, mas “nunca se deixa de fazer o que se pode fazer manualmente”, até porque “para formar um repuxador é extremamente complicado”.
E essa técnica tem sido aprimorada desde a fundação. “Eu e os meus irmãos mantivemos o produto que o meu pai iniciou em nome individual. Fabricava louça de uso doméstico: tacho, panela, forma, cafeteira, fervedor, tudo o que é utensílio de cozinha, doméstico, uso de restauração e hotelaria, tudo em alumínio. Ao longo do tempo fomos criando produtos novos, como por exemplo a caneca refrigerante com parede dupla de arrefecimento rápido, patenteada”, recordou Artur Brandão. Para a usar, basta manter a caneca no congelador, retirá-la na hora de servir e a bebida mantém-se fresca durante muito tempo.
Hoje em dia, a fábrica exporta mais do que vende em território nacional. “Fomos uma vez a Cáceres (Espanha) porque um cliente ligou-nos a dizer que um concorrente queria entrar lá com preços mais baixos. Quando pego na peça, vejo a diferença abismal em termos de qualidade, acabamento, espessura e tudo o mais”, descreveu o CEO, conseguindo depois, apenas com base no produto, manter esse cliente. “É que toda a mercadoria que chega ao cliente final não há trocas nem reclamações”.
Além desta presença em Espanha, curiosamente até com mais incidência nas ilhas Canárias – onde distribuem pelos armazenistas e revendedores -, exportam para França, Itália, Alemanha, Áustria, Luxemburgo, Norte de África e os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). É precisamente nesse continente que veem o futuro, sendo que a loja online, que começará a funcionar em breve, irá ser uma ajuda refrescante.
Fonte:
Alumínios Brandão: A refrescar o mundo desde Oliveira de Azeméis
Ein guter Blog! Ich werde ein paar von diesen Lesezeichen .. Candice Anson Hospers
Boa tarde, será que posso comprar cenecas em alumínio de cerveja?
Caro Pedro Elias,
Basta visitar a nossa loja online e colocar no carrinho os produtos que desejar 🙂